O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Porque...

...estamos de partida e não gosto de deixar nada por dizer, aqui ficam os meus votos antecipados de um excelente início de 2007 para todos! Boas entradas, "boas saídas"...Não se esqueçam das tradicionais doze passas, e entrem no novo ano com o pé direito! Deixem de lado as amarguras, os tédios e as preocupações banais do dia-a-dia, por uns momentos mandem tudo para trás das costas e sejam felizes!
*FELIZ ANO NOVO!*

Deleite...

À noite, costumo deitá-la no meio de nós na cama e fico só a observá-la dormir, à meia luz. As mãozinhas fechadas como sempre enquanto dorme, o som dos lábios a puxar a chucha, barulhinho bom...
Olho para ele e adivinho-lhe os traços dela. Os olhos, o queixo, o nariz. É toda tão pai. E tão eu ao mesmo tempo. Tão minha. Tão nossa. Custa-me perceber, por vezes, como conseguimos fazer algo de tão belo. Tão precioso. Tão perfeito.

Obrigada por estes 4 meses, meu amor mais pequenino. Meu tesouro. Meu tudo que faz de mim tão feliz, mas tão feliz!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A todos...

...os que durante um ano e dois meses nos visitaram, nos acarinharam e de alguma forma passaram a fazer parte da nossa "história", desejo um FELIZ NATAL! Para nós, este Natal terá sem dúvida um significado diferente. Em todos os sentidos...E quando já pensava que o Natal tinha perdido parte da sua magia, hoje recebi o melhor presente de toda a minha vida. A minha filha está finalmente livre de quaisquer "vestígios" deixados pela pneumonia. A minha bebé está saudável e a crescer a olhos vistos. E eu...eu sou a mãe mais sortuda do mundo.

*Feliz Natal!*

quinta-feira, dezembro 21, 2006

5 Minutinhos e Zás!

Eu sei que só hoje já vou no 3º post, e sei que não é costume fazê-lo. Eu sei que pouco ou nada escrevo sobre o Natal e sobre a sua época festiva (mas isto é porque é uma daquelas espécies de "efeméride" que tem obrigatoriamente de ser celebrada e eu praticamente "vivo" o Natal para elas e não tanto pelo significado que lhe é subjacente), eu sei. Eu sei que não me canso de escrever sobre as minhas filhas e acerca de tudo o que lhes diz respeito. Também sei. Mas sei que o relato que se segue é de um daqueles episódios que é digno de registo.
Acabei de dar o lanche à C. Antes disso deixei-a no quarto dela a desenhar. Antes disso tinha acabado de adormecer a M. Deixei-a a dormir no meu quarto e fui preparar o lanche. A meio do lanche fui espreitar a M. Entro no quarto e noto um cheiro forte. A verniz ou tinta, pensei. Andei literalmente às voltas para ver se tinha entornado algum verniz ou coisa parecida. Abri gavetas, até debaixo da cama espreitei. Aconchego a mantinha à M. e qual é o meu espanto quando olho para ela e noto-lhe as unhas pintadas de côr-de-rosa! Eu sei que não tenho nenhum verniz côr-de-rosa. Mas também sei que a C. tem um verniz que vinha com uma boneca que lhe foi oferecida, há dias, por uma vizinha. Fui ter com ela e perguntei-lhe porque tinha feito aquilo à mana. Teimosa q.b repetiu que tinha sido sem querer! Obriguei-a a confessar por que o fez. "Ó main, mas eu só queria que a minha mana ficasse linda como a minha Barbie princesa!". Acabei de limpar as unhas da M. com acetona e de lavá-las bem lavadinhas. Ainda bem que enquanto dormia não se lembrou de as levar à boca. Fiquei zangada com a C. Mas valeu-lhe a intenção. Resultado: Escondi o verniz em cima do armário da casa de banho.

Doces Acordares...

Desde sexta-feira que acorda todos os dias a meu lado. Hoje, foi assim o nosso acordar...

-Maiiiiiiiiiiiiiiiin???
- Diz amor pequenino...
- Bom dia!!!
- :)))
- Main, tu gostas muito de mim?!?
- Que disparate, filha. Claro que sim!
- E também gostas da minha mana?
- Sim, também gosto da mana...
- E tu gostas muito dela?
- Gosto muito. Muito, muito!
- ...

-Ó maiiin, mas então tu gostas mais de mim ou da minha mana?!?!?

O pai

- Main, quando é que o meu pai chega?!?
- Main, o meu pai vem de avião?
- Main, quando é que o meu pai chega?!?
- Main, tens xaudades do meu pai?
- Maiiiiin!!! Mas quando é que o meu pai chega?!?
- Main, o meu pai traz presentes pa mim e pá minha mana?
- Main, quando é que o meu pai chega?!?
- Main, quantos dias faltam pó meu pai chegar?
- Main, quando é que o meu pai chega?!?
- E quantas horas faltam pó meu pai chegar, main?
- Mas main, quando é que o meu pai chega?!?!?!?

É hoje! É hoje que o pai chega e ainda bem! [Aqui entre nós, não é só a filha mais crescida que está a "morrer" de saudades...]

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Nós...

Eu e elas. Este fim-de-semana. Só as 3. Com o pai fora desde sexta, decidi que seria um fim-de-semana só delas, com uma mãe toda só para elas, em exclusivo. Sábado fomos à festa de Natal do externato da C. e não podia ter sido uma tarde mais bem passada. Infelizmente, e porque a C. não voltou ao colégio desde o fim do verão, não pôde fazer parte activa dos teatrinhos, das danças...Isto até uma das educadoras ter pedido para levá-la para os "bastidores", e qual não é o meu espanto quando no final da festa se abrem as cortinas e a vejo no palco com todos os coleguinhas, de mãos dadas e de barrete encarnado na cabeça a cantar "A todos um bom Natal"...mesmo quando não sabia a letra improvisava. Foi tão giro! E gratificante...pensar que os maus momentos por que passámos recentemente já pertencem ao passado. E só o facto de vê-la ali, tão feliz, a sorrir e a cantar foi...o melhor presente de Natal. Emocionei-me. E pelos vistos a mana também pois desatou a chorar em cheio na mesma altura. Só tive pena de não ter conseguido registar o momento (deixei a câmara no carro, pode?!) e do pai não ter podido estar presente para vê-la. Depois da festa seguiram-se os "comes e bebes", os miúdos eufóricos atrás do Pai Natal, a C. já só de camisa de tanto pular com os amiguinhos de um lado para o outro, quando dei por mim já passavam das 7h30. Tive de convencê-la a vir embora, a despedir-se dos colegas e das educadoras, a Maria também já começava a evidenciar sinais de cansaço...Se dependesse da C. ficávamos lá até ao dia seguinte. No caminho para casa ainda tive de arranjar fôlego para dizer-lhe que já não vai voltar àquela escola, àqueles amiguinhos...Chorou baba e ranho. Custou-me tanto...Expliquei-lhe que na nova escolinha vai aprender coisas novas, fazer novos amigos...de nada valeu. Chorou, chorou...e como ando mais que vulnerável e com os nervos à flôr da pele também não consegui segurar. Domingo, tentei compensá-la com uma ida às compras para o Natal. Conclusão: meter-me às 4h da tarde numa grande superfície, praticamente em vésperas de Natal, com metade da nação em plena febre de consumismo, com uma bebé no ovo e outra a puxar-me pela mão a cada 5 segundos para ver isto e aquilo, tentando ao mesmo tempo equilibrar o carrinho das compras sem esbarrar em terceiros...Bad idea! Saí de lá estafada. Uns bons €uritos depois e já com uma barbie princesa-bailarina fora da embalagem, chegámos a casa. Aqueci o arroz de tomate que sobrou do almoço e fiz peixinhos da horta, que ela adora. Deliciámo-nos. À noite dormiu outra vez na minha cama mas pediu para ficar do lado do berço da mana. Antes de adormecer encheu-me de beijinhos e disse-me "Eu perdoo-te mamã linda. Sabes porquê?". "Porquê?", quis saber. "Porque és a minha mãe mais linda de todo o meu universo".

[E quando sentimos que estamos longe de sermos as melhores mães, quando nos sentimos frustradas por determinadas atitudes que tivémos com eles, quando sentimos que não há nada que nos consiga tirar aquela maldita "culpa" de cima dos ombros, quando nos sentimos assim...como sabe bem ouvir coisas destas].

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Para ti:

[Há um ano foi assim a nossa dedicatória...]

Há um ano, por esta altura, mal imaginava que tinhas acabado de me dar mais uma razão para sorrir.
Este ano, quero agradecer-te por tudo. Por estes dias maravilhosos que passámos os 4...E por todos os outros que temos vivido...Pelo teu carinho, amizade, compreensão. Por todas as vezes em que estiveste a meu lado, por todas as intempéries que me ajudaste a enfrentar...E se este ano foi "fértil" em momentos difíceis...De outra forma teriam sido insuportáveis...Se não tivesses sido um pilar, um colo, um porto de abrigo. Obrigada. Por existires na minha/nossa vida.
Ao todo já são 11 anos desde que passaste a fazer parte de mim...E cada vez o que sinto é maior, muito maior...(Achas normal que assim seja?!) ;)
Uma década de nós...De tanta coisa que já vivemos e de tantas outras que ainda nos faltam viver...Nunca para mim a palavra "juntos" teve tanto sentido. (Acho que esta frase resume tudo aquilo que queres saber neste momento...Se ainda tiveres dúvidas continua a ler).
Parabéns pelo Homem em que te tornaste. Pelo pai extremoso e dedicado que és. Por seres o companheiro imprescindível de todas as horas. Porque és. Desde sempre. Para sempre. Não tenho dúvidas. Parabéns, paixão.

Ps: 29?!? Ah, ah! Agora já estamos quites. ;P
(Porque o tempo passa..sabias?...)


[Bónus: "Ouve" aqui] :)))

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Do fim de semana e não só...

Litoral alentejano. Frio. Muito frio. Miúdas agasalhadas até aos cabelos. Gorros, cachecóis, luvas, lareira. Passeios...(poucos, devido aos 8º e 9º g que se fizeram sentir). Castanhas quentinhas, mãos dadas, pai com uma pelas costas, mãe com outra no carrinho, colo (muito colo...) e muito mimo também! Foi bom. Muito bom.

Hoje, não resisto a contar um episódio caricato que se passou esta manhã. Eu e a C. acordámos bem cedo as duas, deixámos o pai e a mana em casa e fomos à pastelaria comprar pão para o pequeno-almoço. Eram umas 8h15, mais coisa menos coisa, e o cheiro a pão quentinho já se sentia da rua. Comprámos 5 bolinhas acabadinhas de saír do forno (que estavam uma delícia!). À saída do café fui abordada por um rapaz, nos seus 20 e poucos anos, com péssimo aspecto (certamente mais um que se perdeu pela vida) e que me pediu se tinha uma moeda para lhe dar. O problema é que ainda não tinha ido ao multibanco e os poucos trocos que tinha na carteira gastei na bica e nos pãezinhos. Porém, não estava literalmente de mãos a abanar, e como não gosto de fazer desfeitas, peguei num lenço de papel, embrulhei um pão quentinho e dei ao rapaz. Sempre era melhor que nada, pensei. A reacção foi no mínimo inesperada. Respondeu-me com um "Eu não quero pão! Guarde lá o pão minha sra!". E eu estupefacta com aquela reacção brusca fiquei sem palavras, enquanto ele seguiu caminho a barafustar em alto e bom som "Eu não quero pão! Estou farto de pão! Só me dão pão, pão!". Eu, cada vez mais estupefacta, pensava que se calhar a táctica não era das melhores, que se fosse mendigar para a porta de um banco em vez de um café, talvez aí, a massa fosse outra. Eu e a C. ficámos paradas a olhar, enquanto as pessoas dentro da pastelaria olhavam para ver o que se tinha passado. O rapaz lá seguia feliz da vida, a barafustar com tudo e com todos. E eu, engoli em seco toda aquela situação, no mínimo desagradável. Fiquei "magoada" com tamanha ingratidão, afinal o meu gesto até tinha sido "louvável"!?!? No caminho para casa não conseguia tirar este episódio da cabeça e fui aliviando a consciência em voz alta, que era preciso ser-se muito ingrato, que além de injusto tinha sido bastante desagradável e mal-educado, que devia era arranjar trabalho...e a C. sempre muito caladinha desde o início, a ouvir tudo, enquanto eu prosseguia com as minhas palavras de indignação e revolta. Chegámos a casa, pousei o pão sobre a mesa e rematei com um "é preciso ser pobre e mal agradecido!". A minha filha, que relembro tinha estado aquele tempo todo inacreditavelmente tão caladinha, vira-se para mim e num tom nitidamente de pena diz-me: Ó mãe, mas tu também nem puseste manteiga... :)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Sorriso...


O dela. E como adoro estas covinhas... Estamos bem. Felizmente tudo não passou de um pequeno "susto". Ontem ao início da tarde a febre baixou, e hoje acordou quase como nova.


Votos de um excelente fim-de-semana prolongado para quem fica. Nós vamos comemorar, não os 6 anos de casados mas os 11 anos de namoro, na companhia das duas melhores coisas que fizemos até hoje, aqui.

terça-feira, dezembro 05, 2006

E...

Depois de 3 dias passados "em grande", sem horários nem regras, com direito a jantar a dois, sessão de cinema e diversão nocturna na companhia de amigos, subitamente, um regresso forçado à realidade da rotina. A C. teve uma recaída e passou mal esta noite. Não teve tosse, mas chegou aos 38,5º de febre. Passou a noite toda a gemer e com arrepios. O mais estranho é que ontem esteve muito bem durante o dia, fomos às compras de Natal ao Ikea, montámos a árvore, brincámos, tudo sem sintomas nenhuns que deixassem prever esta noite. Dei-lhe há pouco outro Aspegic. Continua uma lingrinhas para comer e isso também não ajuda em nada. Esta manhã nem quis comer a Cerelac, só comeu ao almoço um bocadinho de arroz e metade de um douradinho. Não sei o que ainda me falta inventar para que ela coma. Já lhe dou a comida à boca, caso contrário, o mais certo era que não comesse nada. Já lhe dou as refeições enquanto vê os desenhos animados para que não hajam fitas. Mais, só mesmo porque não posso. :S
Agora está a dormir a sesta e a febre baixou com o supositório, mas continua a gemer de frio, mesmo toda enroscada em mantas. :S Por indicação médica, tenho evitado mudanças bruscas de temperatura e de ambientes, uma vez que o sistema imunitário da C. ainda está fragilizado por causa da doença. Enfim, tenho esperança que ela acorde mais bem disposta. Caso contrário, e até me dá um aperto no peito só de pensar nisso, teremos de ir às urgências para saber o que se passa. :S
Hoje o pai tirou o dia para ficar connosco e é isso que me tem valido. A Maria também anda muito birrenta e não nos deixou dormir o que restava da noite. O que vale é que depois durante o dia, dorme e dorme, o que de alguma forma compensa. Mas assim que acorda quer atenção só para ela, o que convenhamos, quando estou sozinha com as duas é praticamente impossível. Bebeu o último biberão à 13h30, já está a dormir desde as 14h e tão cedo não me parece que vá acordar. Por outro lado, só quero que a C. acorde para ter a certeza que está melhor. Aproveito e dou-lhe um banho quentinho em seguida, geralmente fica sempre mais bem disposta. Oxalá.