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Pois é. Para não fugir à regra a semana tem sido uma correria. Ando "inundada" de trabalho, novos projectos, projectos importantes (decisivos até), viagens de carro entre Oeiras-margem sul -margem sul-Oeiras, serões no atelier, e tantas outras coisas que mal tenho tido tempo para vir "aqui", ou para ir a lugar algum, na verdade.

Sexta feira passada tive a 2ª consulta de obstetrícia, desta vez com a Drª I, que me foi indicada pelo meu obstetra que por motivos de força maior esteve ausente do país. Adorei a Drª I, é uma médica já muito experiente, muito simpática e atenciosa, que me fez sentir completamente à vontade, muito prestável como médica e como ser humano. (O que é hard to find nos dias de hoje). Desta vez a C. não foi comigo, fui só eu e o G, que estava curiosíssimo para "conhecer" a nossa obra prima. Eu, que antes da consulta estava super ansiosa e hiper receosa, passo a explicar -porque no último mês tive de lidar com um choque emocional muito grande, com uma nova posição no emprego (que exige muita responsabilidade da minha parte), mais os dias em que a C. esteve doente com escarlatina, entre outras coisas que não vale a pena aqui referenciar e que contribuiram para que temesse poderem vir a recentir-se na gravidez -respirei de alívio assim que vi o meu bebé no ecrã da máquina de ecos. Lá estava ele/ela, os dedinhos das mãos e dos pés já formados (isto segundo a visão raio-x da Drª, porque eu e aquelas máquinas temos um problema grave de comunicação). Lá estava o meu amor mais pequenino. Ali, à minha/nossa frente, a crescer a olhos vistos. O pai sem lhe tirar a vista de cima (os olhos brilhavam, de alegria-emoção-tudo), o meu coração em descompasso -sabem quando parece palpitar mesmo no céu da boca -acalmou assim que ouviu o "está tudo óptimo" com o bebé. Ainda bem que as minhas inquietudes não passaram disso mesmo. Ele/ela está a desenvolver-se saudavelmente, o tamanho da placenta indiciou estar dentro dos parâmetros normais para as 12 semanas e 5 dias -pois é, o crescimento do "peixinho" revelou que estou com mais 2 a 3 dias de gestação do que tinha sido traçado na primeira consulta -portanto, hoje, completo 13 semanas e 5 dias, fiquei ainda a saber que a data prevista para o nascimento é assim mais cedo do que esperava, no dia 27 de Agosto. Felizmente está tudo bem com o meu "pedaçinho" de vida, mas, como nem tudo são rosas, tinha de haver um senão. E desta vez quem levou com o "senão" fui eu, que devido ao stress que tenho vivido no último mês consegui perder 2 kg (desde a última consulta), o que segundo a Drª "não é nada bom, mamã!". E assim lá me deliciei a ouvir a velha história da alimentação regrada, do trabalho em excesso, do cansaço físico levado ao extremo, entre outros factores a ter em "regra". Tenho consciência de tudo isso e sei que provavelmente estou a esticar demasiado a corda (sempre tive uma veia workaholic) só que desta vez, como é óbvio, (e quem me conhece sabe que não páro quieta 1 segundo, o que por si só já ajuda a queimar calorias), não fiz nada para desencadear a perda de peso. Considero que até me alimento relativamente bem (ok, tenho tido uns dias com umas refeições mais à pressa, em especial os almoços), confirmo. Apesar desta perda recente de peso não ter tido influência directa no crescimento do bebé, a Drª recomendou, exigiu (em bom português) que fizesse um "batalhão" de análises, para ver se está tudo bem comigo e para determinar as causas da perda repentina de peso. (Apesar de a própria partir do pressuposto que o stress tenha sido a causa provável). Espero que não passe disso mesmo. A parte boa é que passei a tomar diariamente umas cápsulas de vitamina C e um suplemento de ferro, no caso de ser preciso evitar uma possível anemia. Entretanto, a Drª quis certificar-se que estou bem entregue, deu ordens explícitas ao G. para ter em atenção se faço as várias refeições ao dia, se não me esforço e trabalho demasiado, se descanso quando é para descansar...Enfim, vou ter mesmo de travar um bocadinho o ritmo alucinante do dia a dia, não trabalhar como uma louca, dizer adeus aos serões no emprego, dormir pelo menos 8 horitas...ao fim ao cabo, tudo aquilo que todas as mamãs "certinhas" fazem e que eu, com este meu feitio "filho da mãe", já devia ter começado a fazer durante a gravidez da C. e não fiz. Mas acho que ainda vou bastante a tempo de pôr toda a teoria em prática, tenho é de me adaptar a um novo ritmo e, acima de tudo, habituar-me a ele. Apesar do "senão" gostei de conhecer a Drª I e de termos podido falar abertamente. Gostei ainda mais que tivesses ido comigo. Que me tivesses apertado a mão com força cada vez que descobriamos uma coisinha nova no nosso bebé. E foi bom, finalmente, conseguir "roubar-te" um sorriso. Um sorriso dos que já sentia saudades. Ainda bem que estás de volta, meu amor.

Tenham um óptimo fim de semana!