O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

sexta-feira, março 17, 2006

Dia do avesso

Porque é que quando tudo parece estar, finalmente, a voltar a entrar nos eixos têm de se atravessar a meio caminho aqueles precalços dispensáveis do dia-a-dia, que pela sua mesquinhez são tão irritantes que, só por isso, nos conseguem tirar do sério? Ontem tive um desses dias, em que é melhor ficar quietinha no meu canto antes que ameaçe trovoada. A manhã começou bem, o despertador decidiu não despertar meia hora mais cedo, pai e mãe tiveram de tomar banho em tempo recorde, e ainda acordar a Boboleta (que estava a dormir ferrada), levá-la ao colégio e notar na vinda que o depósito não chega nem de longe até ao Cais do Sodré, ter de me ver obrigada a dar meia volta até ao posto mais próximo e, de sorriso nos lábios, presenciar que toda a nação resolveu ir meter gasolina às 9h, ficar mais de 10 minutos à espera para encher o depósito, fazer-me novamente à estrada e ter de enfrentar o "pára-arranca" do costume ao longo da marginal. Olhar para o pulso e "cadê" relógio (com a mais valia que o relógio do carro "pirou" e há 2 semanas que dá as horas que lhe apetece), valeu-me o meu braço direito ligar-me a dizer que "cicrano" tinha chegado às 9:30 (como combinado) e estava à minha espera nos escritórios do atelier. 9:30? Já! Só se entretanto apanhasse um helicópetro, e assim foi à vida a minha pontualidade característica. Quando finalmente cheguei à estação, tudo ao redor estava a "rebentar pelas costuras", não tive outra escolha senão estacionar ao lado de um passeio, como tantos outros. Desço para o metro, estala-me um salto da bota, quase que me estampo escadaria abaixo, felizmente houve uma alma caridosa que estava no lugar certo à hora certa e que me amparou a tempo. Não ganhei para o susto, fiquei logo alterada. Ainda mais. Entrei no metro, qual lata de sardinhas, mal conseguia respirar, estive mesmo a pensar que a pasta tinha de ir do lado de fora. O tempo a passar, "cicrano" à minha espera há quase 20 minutos, quando o Sr. maquinista decide fazer uma pausa de 10 minutos a meio da linha (o que naquelas condições equivale a 20), só faltava uma paragem (grrrrrr!), os minutos a passar e a minha vida a andar para trás. Cheguei ao atelier mais de meia hora depois do que tinha combinado com o Sr. que tinha ficado de receber. Desdobrei-me em desculpas (senti-me terrible), não gosto de ficar muito tempo à espera e como tal não gosto de fazê-lo aos outros. O que vale é que o Sr. foi amavelmente compreensivo e ainda arranjou tempo de me elogiar os 4 meses de "linha". A tarde foi preenchida com telefonemas atrás de telefonemas (e eu que gosto taaaaanto de falar ao telefone), antes de sair ainda tive tempo de me espetar num compasso, apanhei o metro de volta, a "mancar" com um salto pendurado, subi as escadas agarradinha ao corrimão (não fosse o diabo tecê-las), cheguei à estação final do metro, entrei no carro -liguei o rádio (Eduardo Sá e Isabel Stillwel no magazine "Dias do Avesso" - só coincidência?), e qual é o meu espanto quando tento arrancar e o carro não anda, só depois reparei que estava bloqueado. Como o dia até tinha sido fácil, não me passei nem nada, não mandei um xuto (levezinho?) no pneu do carro nem acabei por rachar mais um bocado de salto. 20 minutos dentro do carro a desesperar, e com isto já se tinha feito noite. Ainda há mais. Telefonar ao G. para lhe dar conta das últimas novidades (óptimas e fresquinhas) e a bateria do telemóvel decidir dar o berro a meio da conversa :S Mais 30 €uritos para o bolso da EMEL. Queria lá saber, a cabeça nem estava cansada, que ideia...a primeira coisa que fiz quando cheguei a casa foi atirar-me que nem uma louca para cima da cama, e ainda levei com uma filha "doidinha" que se mandou para cima de mim (só não me "esmagou" a barriga porque o pai a protegeu), esticar as pernas que me doíam até aos ossos, e com isto só tive tempo de ver um salto a voar para o outro extremo do quarto. O que me valeu é que a Boboleta já tinha o banhito tomado e 2 fatias de "pizza bacana" no estômago. Bacano, pai. Há muito tempo que não tinha um dia tão "calminho". Nem acredito que consegui chegar inteira. Parafraseando o meu querido colega JP "Isto há dias de manhã em que um gajo à tarde não deve saír à noite".
Ps: Sim, Zita, a brincadeira era trocar o meu nome por Coral como a mamã do Nemo. Para bom entendedor meia palavra basta ;) (Vês no que dá termos filhotas praticamente da mesma idade?)

9 Comentários:

Blogger Fitinha Azul disse...

Há dia do caneco...ufa!!

3:39 da tarde

 
Blogger Tita Dom disse...

Bemmm de facto eu sou uma mulher de sorte, 20 minutos tou no emprego, vou no meu carrinho... bem mulher eu com uma vida dessas já estava maluquinha de todo lol.
Beijinho de Bom fim de semana.
P.S. Os cigarritos qualquer dia vao para o lado, só falta chegar a Srª Vontade :-)

3:45 da tarde

 
Anonymous Anónimo disse...

ola amiga
pois e ha dias assim
um bom fim de semana para ti
jinhos grandes

4:10 da tarde

 
Blogger Gina A. disse...

Que dia, hein???

:o))

8:04 da tarde

 
Anonymous Anónimo disse...

Ó rapariga "bota" avesso nisso!
O que vale é que tudo fica bem quando acaba bem ;-)


Aaaaaaaaaah! Afinal sempre tinha razão ;-P É que esse já o vi umas 1500 vezes, não me podia enganar, né? ;-)
Bjs grds
Boa sorte para amanhã!

*Luísa e Patanisca*

11:01 da tarde

 
Blogger Ica disse...

Que belo dia. Há dias que realmente não deviamos por os pés na rua.

Espero que tenhas tido um fim de semana descansado.

Bejinhos

Rita

10:30 da manhã

 
Blogger XanaA. disse...

Bem... Isso é que foi uma aventura... Espero que agora já esteja tudo bem calminho.:)

3:19 da tarde

 
Blogger Bekas C. disse...

Bolas!!!!!! Que stress...

4:48 da tarde

 
Blogger Alma Minha disse...

Puxa, Mãe!!!
Até eu fiquei cansada, com tanta correria...
Já pensaste mudar para a provincia?

Bjs

12:32 da tarde

 

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