O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

quinta-feira, julho 13, 2006

Ataque (precoce) de ciumeira???

Ontem à noite enquanto a tentava adormecer...

- Main, quando a minha mana naxê tu vais mudar as faldas dela?
- Pois, filhota. Tem de ser.
- E vais vestir as roupitas?
- Sim, tenho de a vestir, não é?
- E também vais lavá o cabelo dela na banheira?
- ?!?!?!? Sim, filha, também...
(Momento de silêncio)
- E vais dá beijinhos?
- Claro, eu, tu, o papá, todos!

- Hummmm...então tá bem.

Acho que não preciso explicar mais nada. Desde o princípio que tanto eu como o pai percebemos que era tudo uma questão de ciúmes. O facto dela ter rejeitado a irmã logo ao início, estava directamente relacionado com a questão da partilha, não só do seu espaço, das suas coisas, mas também (e aqui é que está o cerne da questão), da partilha de uma mãe e de um pai, que ela estava habituada a ter só para ela. Para quem estava habituada a ter tudo, sempre a mimámos muito (talvez tenha sido essa a grande "falha" e a possível razão por trás da rejeição da mana), não deve ter sido fácil de um momento para o outro aceitar a vinda de um novo elemento que, indubitavelmente, vem mudar tudo num universo que até então era só dela. De repente, a minha filha, que esteve quase 4 anos a ser o centro das nossas atenções, viu-se confrontada com a chegada de alguém, que ela não tinha pedido para vir e que, de certa forma, começou aos poucos a "impôr-se" nas nossas vidas, e na dela inevitavelmente, por mais que ela tentasse evitá-lo. Esse período de rejeição da irmã, que relembro, afectou-me a mim directamente, foi uma fase difícil para ambas. Mas depois de um período de adaptação nada fácil, agora posso dizer que tenho, finalmente, a minha filha de volta. A C. está completamente diferente. Não sei se por estar a ficar mais crescida (está quase a fazer 4 anos), se por começar a aperceber-se que a chegada da irmã não lhe vai "roubar" o espaço que é só dela, não sei, qual o motivo desta mudança, ao certo. O que é certo é que a minha filha mudou, para melhor. Principalmente desde que me vi obrigada a meter baixa e passei a estar em casa, voltou a ser novamente carinhosa para mim, não sei se por me ver mais vulnerável e carente, por vezes até exagera nos mimos. Dá-me muitos beijinhos enquanto estou a descansar, faz-me festinhas na barriga, dá-me imensos abraços, quer dormir sempre agarradinha a mim e à mana, agora até pede para dormir comigo e com a "minha mana". A grande diferença é que noto que ela age como se não quisesse lembrar-se dos tempos difíceis por que passámos as duas, e sinceramente, também já passei uma borracha no assunto. Passou a olhar a mana de outra forma, mais doce e ternurenta, vejo nos olhos dela que está desejosa para conhecê-la. Nos últimos tempos tem feito imensas perguntas, se vai ser careca, se vai ter muito cabelo, se vai ser parecida com ela, se comigo, se com o pai...Eu respondo sempre, muito democraticamente, que vai ter um bocadinho de todos :) Desde que estou em casa os nossos fins de tarde têm sido uma galhofice total, assim que chega do colégio -banhoca, vemos o Noddy enquanto jantamos, depois regamos as plantas, tratamos dos bichos (Mimo -gato, Sebastião e Luna -peixes), pintamos, lêmos histórias, fazemos penteados uma à outra (nova "tara" da minha filha), até que acabamos sempre por adormecer as duas no sofá e o pai lá tem de nos levar cada uma à sua cama. Nunca me senti tão próxima da C. como agora. Gosto destes momentos, a duas. Enquanto ainda sou só eu e ela. Enquanto o factor-tempo ainda está nas nossas mãos. Até a M. nascer vou ser só da minha filha, prometi-lhe. Se por vezes desejo que os dias se apressem, outras gostava que o tempo parasse. Têm me sabido muito bem estes momentos, só nossos. Decididamente, não quero que o tempo passe. Já sei que vou ter saudades.

8 Comentários:

Blogger PSoMac disse...

com certeza que vais ter "saudades" e que depois tens que distribuir o teu carinho e amor por duas ... e o teu tempo ao principio vai ser mais dedicado á M. que á C. ... é inevitável miga que isso acontece ... mas nao penses ainda nisso aproveita ... beijinhos

4:03 da tarde

 
Blogger Miguel disse...

Ufa ...!
Que Situação!
Vai com calma!

Tens que balancear os carinhos, ternuras e atenção pelas 2 bo-bo-le-tas!

Mil Bjks da matilde

5:08 da tarde

 
Anonymous Anónimo disse...

Como te disse há pouco, aproveita estes momentos com ela e não te preocupes com mais nada, muito menos com o tempo que ainda falta para o parto. Disfrutem muito da companhia uma da outra agora, porque depois por mais que não queiras, tudo será diferente. A tua filha é um doce e tenho a certeza que quando a mana nascer irá continuar a sê-lo! Don't worry! ;-)


Gostei da caminhada com a famelga ó maluca! E tu que dizias que estavas enferrujada... Pior estou eu! E não estou grávida de sete meses! ;-)
Gostei muito! E o geladinho veio mesmo a calhar, agradece lá ao teu moçito por mim. ;-)
Temos de repetir.

Não resisto, a Pisca há momentos: mas hoje não vimos a Foribella, pá!?!?

Para a próxima já sabes, ou deixamos as crianças com os papás em casa, ou só depois da Floribella, pá! ;-P

Beijos grandes
Luísa e Francisca*

11:56 da tarde

 
Blogger Mar disse...

Olha que bom!! Afinal há algumas vantagens em estar em casa, vês?

(E essa coisa dos penteados é das poucas que me faz verdadeiramente desejar ter, um dia, uma menina... Que delícia! ;)

9:01 da manhã

 
Blogger Tita Dom disse...

È precisamente disso que tenho medo... falta dos momentos que temos as duas, dedicação uma á outra! A fase dos 4/5 anos é mesmo uma delicia. E eu estou a aproveita-la ao maximo. Faz tambem :-)

Beijoca grande

10:11 da manhã

 
Blogger ddm disse...

Também aproveitando o facto de estar em casa, os meus finais de tarde também têm sido dedicados à nossa C.!
A bem da verdade estes serão os últimos dias de exclusividade (para ambos os lados), por isso há mesmo que aproveitar.

Continua bem!
Beijinhos!

3:52 da tarde

 
Blogger Dulce disse...

Sabes uma coisa? Chorei ao ler este texto.
Lembrei-me de mim pequenina, e de me terem perguntado se eu queria um mano. Disse logo que sim. E lembro-me do meu pai a explicar a quem fez a pergunta que eu não tinha ciúmes.
Lembro-me tão bem! Mas sabes porque é que eu não tinha ciúmes? Porque tinha pouco carinho para perder! (Enfim, não que eles o não sentissem, provavelmente, mas pq não fazia parte da "natureza das coisas" expressá-lo...)
Beijo.

8:56 da tarde

 
Blogger Rita disse...

Vive para a tua filhota com muita intensidade. Quando a bebé nascer, por mais que te esforces, vai ser difícil (nos primeiros tempos) dares-lhe muito miminho por isso aproveita agora - é bom para as duas!
Beijinhos

9:53 da manhã

 

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