O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Até...

...qualquer dia destes. Prometo voltar em breve. Por enquanto é só uma pausa (mais que obrigatória) para período de descanso.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Hoje...

...recebi a maior prova de amor de toda a minha vida.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Em que é que ficamos?!?!?

Ontem foi dia de consulta no obstetra. Como a consulta estava marcada para o final da tarde, e saí mais cedo do trabalho, fui buscar a Boboleta (que já não suporta ter de ficar em casa fechada) e levei-a comigo. O Dr F., que acompanhou a gravidez da C. desde o início, fez-lhe logo uma "festa" quando a viu entrar no consultório, ao que a C. retribuiu tal era a excitação do momento (prometi-lhe que íamos ver o bebé na "tevisão"). O Dr F. arranjou-lhe um lugar "privilegiado" de modo a que ela pudesse estar à altura do monitor da máquina de ecografias. Cinco da tarde, as luzes baixas, os estores do consultório entreabertos, eu deitada na marquesa, e a C. em cima de um banquinho muito atenta às primeiras imagens do bebé. (Qualquer semelhança com uma sessão de cinema, não é pura coincidência). À medida que as imagens do bebé íam aparecendo, o Dr F. (que é a simpatia em pessoa) ia -lhe explicando passo a passo o que estava a aparecer no ecrã. A Boboleta, de olhos "colados" ao monitor, ia ouvindo tudo com muita atenção, ao mesmo tempo que não se cansava de perguntar baixinho "mas onde é que tá o meu bebé?!". (Sim, porque faz questão de dizer que para além de meu e do pai o bebé também é dela). Insatisfeita com a nitidez (ou falta de) das imagens perguntou ao Dr F. "...onde é que tão os cabelos do meu bebé?". (E depois ela tem uma pontaria para fazer estas perguntas espontâneas, nos lugares e no momento certos, convenhamos). O Dr F. respondeu-lhe com um sorriso, "Ainda não tem cabelo C., o teu mano/a ainda é só um peixinho". E aqui é que começou o "filme". "Um peixinho?!?" .Pera aí, rewind, rewind... "Um peixinho, main?!?" (a olhar para mim com uma expressão que revelava um misto de confusão e choque). "Sim, o bebé ainda é tão pequenino que parece um peixinho, filha". "Um peixinho, main?!?!" (cada vez que me lembro desta pergunta vem-me logo a imagem daquela expressão fantástica dela, que foi um daqueles momentos "priceless"). Saiu da consulta com um mix de frustração e alegria estampado no rosto, afinal tinha visto o bebé na "tevisão" mas nem sequer lhe conseguiu ver o cabelo. No regresso a casa, ao longo da marginal, ia muito pensativa no banco detrás do carro, a olhar para as ondas e para o sol a desaparecer na imensidão do Tejo, até que resolveu quebrar o silêncio: "O mano não parece um peixinho, poi não mamã?!?!". Coitadinha da minha filha, são tantas novidades, tantas emoções em simultâneo, e agora mais esta saída "genial" do Dr F. para ajudar a baralhar ainda mais o imaginário da Boboleta. Imagino a confusão que vai naquela cabeça, o "filme" que ela já deve ter feito... Se entrou cheia de dúvidas no consultório, saiu de lá mais confusa ainda. O pior é que naquela cabeçinha, assim como no cinema, "passa" um bocadinho de tudo, e depois deste episódio deve ter ficado a pensar que estou a gerar um Nemo ou algo semelhante...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Dúvidas existenciais...

E poque decidimos contar à Boboleta (antes que se tone demasiado evidente) que vem aí uma nova companhia, sentámo-la connosco no sofá, o G. colocou a mãozinha dela na minha barriga e peguntou-lhe:
-Filhota sabes o que está aqui dentro da barriguinha da mamã?
-Não...
-Pensa lá um bocadinho...
-Num sei! (impaciente)
Eu - O que achas que pode estar aqui dento da minha barriga?
-Hummm...o quê?
Pai - Um bebé. A mamã tem um bebé aqui dentro, não estás contente? Um bebé pequenino paa depois brincar contigo...
Ainda meio atordoada com a novidade:
-Um bebé de vedade?!?!?!?!?!?!?!?!?!
Adenda: Depois do valente susto que nos pregou, a Boboleta paece estar, finalmente, a recupear. Desde este domingo que posso (finalmente) voltar a abaçá-la. Segundo as palavras do médico, se o estado de saúde do doente melhorar após, pelo menos 48h depois de diagnosticado o vírus, as hipóteses de contágio reduzem em mais de 50%) e como a C. começou a demonstar melhoas, não resisti. A "gelatina" (como se refere à doença) ainda cá canta mas pelo menos já não lhe povoca febre. Ainda tem a gaganta inflamada e as pesistentes manchinhas vermelhas espalhadas por todo o corpo. Ela bem me pede para "apagá-las". "Apaga mamã, apaga!". Mas, mesmo com anti-histamínicos, as ditas cujas são ainda mais teimosas que a "paciente" :)
Ps: Peço desculpa pela ausência da letra "r" (esta custou!) em algumas palavas deste post. Que a minha filha "engole" o "r" a falar, já não é novidade nenhuma, mas desta vez, foi o teclado do potátil que decidiu que só há de escreve a dita letra quando lhe "der na veneta".

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Só um pequeno favorzito...

...hoje, não ponham nada comestível à minha frente, boa?

Fiz me esclarecer, caros colegas?? ;)

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Tão longe e tão perto

É assim que tenho vivido as últimas 38h desde que o diagnóstico médico revelou que a C. está mesmo com escarlatina. E custa-me tanto não poder estar junto dela, chegar a casa e vê-la deitada no sofá, embrulhada em mantas, "murchinha" mas a fazer uma festa mal me vê entrar porta adentro, e eu a vê-la ao longe, sem lhe poder dar o beijinho que as duas tanto queremos, sem lhe poder deitar no meu colo e fazer festinhas no cabelo, sem poder deitar-me junto dela à noite até adormecer...É difícill estar tão perto e ao mesmo tempo tão distante da minha filha. E custa-me ainda mais vê-la a observar-me, de longe, a enviar-me beijinhos com as mãos, e a "aguentar" tudo e todos à sua volta, mas sem perceber bem o porquê do meu afastamento obrigatório. Ainda não lhe contámos acerca da gravidez. E agora também não acho que seja uma boa altura. Neste período de "ausência de afectos" palpáveis, sinto falta de não ser eu a poder vestir, a dar banho, a dobrar as roupinhas...e custa-me, tanto, tanto, dar o beijinho de boa noite sem lhe poder tocar. E porque o beijinho de boas noites é muitíssimo importante e atrevo-me mesmo a dizer, quase imprescindível para ela, eu e o pai inventámos uma técnica, eu dou o beijinho ao pai que por sua vez o distribui à filha. E quando um beijinho não substitui o verdadeiro, pede mais um e mais outro, o que para o pai , convenhamos, é um ritual divertidíssimo. Mas ambas sabemos que não é a mesma coisa, nem substitui aquele abraço que é só nosso. Mal posso esperar que os antibióticos façam efeito e destruam essa "bruxa malvada" de nome pomposo. Mal posso esperar pelos nossos momentos perdidos a serem, finalmente, compensados. Mal posso esperar pelo sorriso dela e pela correria habitual até ao meu colo sempre que entro pela porta de casa...Mal posso esperar pelo beijinho(acho que serão mais-beijinhos) a sério, e pelas nossas noites a duas, quentinhas, escondidas debaixo dos cobertores. Mal posso esperar por ter a minha filha nos braços, como há três anos atrás, quando tudo começou para ela/para nós. Mal posso esperar por ver a tua reação, Boboleta, quando souberes a novidade que temos para te dar...
Adenda: Por enquanto a febre está controlada...Depois de a noite passada termos "voado"(literalmente) de casa até às urgências com a C. no colo a ter convulsões atrás de convulsões devido à alta temperatura, acreditem, hoje - mesmo com a febre ainda presente, estou bem mais descansada.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Porto Côvo...


...um fim de semana de paz, tranquilidade, descanso. Sem computadores, telemóveis, hora marcada...só com o sussurar das ondas, brisa marítima, passeios à beira-mar, esplanadas, livros, ilha do Pessegueiro ao fundo, pôr do sol - paisagem deslumbrante, lareira, luar imenso, incensos...Só faltou mesmo a música de Rui Veloso como "pano de fundo" e a Boboleta para "encher" de beijinhos. A repetir.
Foto daqui

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Obrigada...

...a todas as pessoas, familiares, amigos, colegas de trabalho, amigas(os) dos blogs... pelos comentários simpáticos e mensagens de ânimo.
Um "Obrigada" especial a esta menina por arranjar tempo para ouvir os meus desabafos e inquietudes e pela força que me tem dado.
Mais uma vez, OBRIGADA a todos(as).
Ps: Hoje, apesar de cinzento e chuvoso, é um dia mais colorido para mim. É verdade, Zita, depois da tempestade sempre vem a bonança :) Não podia ser melhor aplicado.
Entretanto, e já que ameaça chover, vou continuando a ler o segmento "Sociedade" da Visão desta semana: "Como viver melhor em 2006" - artigo nº11 - "Stresse Amigo".
Bom fim de semana!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano novo,vida nova...


Aconteceu. Não estava programado. Sei que devia "transpirar" exclamações de contentamento mas, às vezes, as melhores coisas da vida acontecem na altura menos indicada. Durante estes dias em que estive ausente da blogosfera, têm acontecido tantas coisas, tantas transformações, tantas novidades, que ainda não tive muito tempo para assimilar tudo o que se tem passado à minha volta. Existem certas coisas que têm de acontecer, naquele momento das nossas vidas, por uma razão (que por mais que queiramos desvendar) já está há muito definida. As revoluções acontecem todos os dias, sem menos esperarmos, sem nos darmos conta. Algumas podem mudar toda uma vida assim, tão de repente, sem pedir licença. Nunca acreditei muito no conceito de "destino"(e palavras derivadas), sempre vivi ao sabor dos "acasos" do destino, talvez por isso, me custe aceitar agora o que estava pré-destinado. A vida segue, de facto, trilhos desconcertantes e por mais que alguns caminhos sejam difíceis de contornar, temos de seguir em frente. Saber que o rumo de uma vida pode mudar, num mísero milésimo de segundo, com uma só palavra, ainda é mais desconcertante. Se pudéssemos "apagar" o tempo e carregar no "pause" das nossas vidas seria tudo muito mais fácil. Mas como costuma dizer a minha mãe "metade do que acontece na nossa vida é sorte, a outra metade da vida somos nós que a fazemos". Vou tentar seguir o conselho.
Bom Ano de 2006!