O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

sábado, dezembro 24, 2005

Mensagem da Mãe Natal

Apesar de ainda estar teoricamente "de molho" não podia deixar passar em branco esta época festiva que se aproxima, sem vos desejar um feliz Natal! A todas as mamãs e respectivos rebentos que desde Outubro (já passou assim tanto tempo?) de uma forma ou de outra, fazem agora parte das nossas vidas.
Pode soar a "clichê" mas desejo que nesta quadra natalícia consigam concretizar muitos dos vossos sonhos, especialmente aqueles, que sempre desejaram que fossem uma realidade. Para os vossos filhos desejo o mesmo que para a minha filha. Que sejam felizes!
Que este seja um Natal repleto de coisas boas (família, amigos, doces...). Que o verdadeiro espírito natalício se revele esta noite, nas vossas casas, e vos traga a vocês e às vossas famílias, tudo de bom.
*Bom Natal!*
Carolina

Adenda: Obrigada a todas pelos comentários simpáticos. Ainda não estou totalmente livre da gripe mas já estou bem melhor que no início da semana. Parece que com o tempo tudo se vai recompondo :)

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Chá quentinho e penicilina

Tenho andado com uma valente gripalhada em cima, daí a minha falta de assiduidade por estas bandas. Por ordem médica: não passo o dia sem tomar os comprimidos para a febre, sem utilizar o spray para o nariz, o xarope para a tosse, e para completar a festa, sem levar umas injecções de penicilina. O chá quentinho não vinha na receita médica mas depois das injecções (doem tanto!) sabe mesmo, mesmo bem.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

O Carocho Pirilampo


Aqui em casa funciona assim: semana sim, semana não, o pai e a mãe da boboleta revezam-se para lhe contar as histórias antes de deitar. Esta semana quem ficou encarregue da tarefa foi o G. A história escolhida foi "O Carocho Pirilampo que tinha medo de voar" que faz parte da colecção de histórias infantis que saiu com o JN. A cantora Mafalda Veiga, assina a autoria. O papá e a menina deitadinhos debaixo das mantas leram a história durante estes dias, com o pai sempre muito expressivo a fazer as falas dos personagens e a menina sempre muito atenta, de olhos "colados" às ilustrações, a ouvi-lo. Eu apenas os observava, de longe, envoltos num cenário que de tão aconchegante e paternal, dava vontade de contemplar à distância e não interromper, nem por nada. Por vezes, alternavam os momentos pai e filha e pareciam dois miúdos da mesma idade na brincadeira. Ao passar pelo corredor e ao ouvir as gargalhadas "deliciosas" dos dois, pensava "a história do pai deve ser bem mais engraçada que as minhas". Passados uns minutos, e já cansada da "galhofa", a menina perguntou ao pai "amanhã lês o resto da históia pa mim?". O pai acenou a cabeça e deu um beijinho na testa da menina, que no mesmo momento fechou finalmente os olhos. Apagou-se a luz. Estava na hora de dormir. Confesso, fiquei curiosa acerca da tal história, e como não conseguia "pregar olho" fui até à sala. Antes disso dei um salto ao quarto dela e tirei-lhe o "Carocho" de entre os dedinhos, com cuidado, para não a acordar. Enquanto todos já dormiam, levei a mantinha para o sofá e sentei-me deliciada a ler o livro que a minha filha tanto estava a adorar. Começei a ler e já só consegui parar na última página. Li-o de uma ponta à outra em menos de 15 minutos. Depois de ter lido, percebi o "porquê" do entusiasmo dela. A história em si, está muito bem escrita e vai precisamente ao encontro do imaginário deles. Aí sim percebi tudo, a atenção dela, as gargalhadas, as brincadeiras...Parabéns à autora, que soube escrever(tão bem) este conto que resulta numa história muito bem contada. Que era uma cantora e compositora fabulosa já eu sabia, como aliás pude comprovar nos vários concertos a que já tive o prazer de assistir, mas que era igualmente fabulosa a inventar histórias infantis, isso, foi uma descoberta. Papás e mamãs: "O Carocho Pirilampo que tinha medo de voar". Recomendo.
Ps: Peço desculpa às mamãs e aos meninos que não tenho conseguido visitar por estes dias. A verdade é que ando cheia de trabalho e mal tenho tempo para dedicar a esta "bo-bo-le-ta". A esta, sim, porque para a verdadeira tenho todo o tempo do mundo. Assim que tiver um tempinho livre prometo fazer uma ronda pelas vossas "casas", combinados? (Sim, "combinado?" não existe, para a C. a expressão é "combinados?" e ponto final).
Bom fim de semana!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Para o Papá G.

(Esta é a dedicatória que escrevi em nome da C. no cartão de parabéns que ela pintou para oferecer ao pai, hoje, dia do seu aniversário).
Papá: obrigada por mais um ano na tua companhia. Obrigada pelo olhar doce e compreensivo, pelo teu sorriso (pela tua PACIÊNCIA!), pelos teus gestos de carinho, pelas nossas brincadeiras juntos nas tardes de domingo, pelas noites de sono perdido enquanto me passeavas ainda bebé pelo corredor, pela presença nas festinhas do colégio, pelos ataques matinais de doçura (CÓCEGAS!!)...Obrigada pelos passeios de mão dada no parque, por me empurrares o baloiço e ajudares a subir o escorrega quando tenho medo de caír, por me segurares a mão nos primeiros passos, por me aconchegares a manta à noite quando faz frio, por me contares histórias ao deitar e trancares os "monstos do escuro" no armário. Por me levares às cavalitas nos nossos passeios de fim de tarde pela praia...Obrigada pela tua PRESENÇA! És o melhor pai que podia ter. És fantástico, um giraço (não quero que fiques convencido) mas és mesmo. És único. Um papá e pêras! A minha mamã soube mesmo escolher-te. Mas chega de elogios! Afinal és um romântico distraído, um "chefe de cozinha" desastrado, um sonhador inveterado, um utópico irreversível. Mas também és meigo, persistente, lutador, empenhado, inteligente. És um papá muito à frente, levas-me a andar contigo na tua bicicleta, às regatas, à canoagem...Um dia vais ser tu a levar-me à discoteca! Não és perfeito (mas quem o é neste mundo?)...podias "trabalhar" umas coisitas, aprender a ser menos teimoso, a ser mais tolerante e menos impulsivo, a dar o nó da gravata...Mas se o fizésses deixarias de ser tu. Não quero outro pai, senão tu. Ainda vamos ter muito a aprender juntos, muitas jornadas a percorrer, muitas pegadas a demarcar o nosso caminho, muitas barreiras a superar...Sempre JUNTOS. Porque sei que posso contar contigo a meu lado, SEMPRE. Parabéns papá G. pelos 28 anitos. Daqui a mais 28 sou eu que te vou dar o nó da gravata. E nessa altura não respondas, porque sou eu que agradeço. Para sempre. Por TUDO! Quero que te lembres para a vida que te ADORO muito. Adoro-te até à lua, ao arco-íris, às estrelas e ao universo. Tenho muito orgulho em ti e em ter-te como meu pai.
Ps: Vá lá papá G. não te emociones, afinal, é só uma dedicatória :)
Um beijinho de nós duas em cada bochecha.
C & C

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Ó tia sabes...

...gostei imenso de ficar na tua casa. (disse-me ontem o meu sobrinho Bernardo, 4 anos feitos em Fevereiro, depois de lhe ter dado o beijinho ao deitar).

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Os Leões e os Palhaços

Este feriado, depois do almoço, decidimos levar os miúdos ao circo. A C., o Bernardo, a Maria e a M. (lembram-se daquela menina especial de quem já aqui falei anteriormente?). Pois é, tínhamos combinado um próximo encontro e ontem convidámos a M. e a mãe A. a virem connosco ao circo. E foram. E a C. adorou reencontrar a "amiga espacial" de quem não se esqueceu desde o dia em que a conheceu no Santa Maria. Combinámos encontrar-nos todos à porta do Circo Atlas, que está montado mesmo em frente à entrada principal do Centro Comercial Colombo. Quando encontrámos a M. e a mãe dela, de repente, a C. teve um ataque de vergonha e decidiu dar uma de menina tímida (o que não combinada nada com ela), ao esconder-se atrás das "minhas saias". Mas pronto, nada que uma meia horita depois uns balões e uns algodões doces não resolvessem. Quando o espectáculo começou (o circo já tinha "sala cheia", de miúdos e graúdos), os pestinhas já estavam nos seus lugares, a C. já estava sentada de mão dada com a M. e a explicar-lhe tim-tim por tim-tim o que se ía passar a seguir na arena (como se já soubésse tudo!). O anfitrião deu as boas vindas, os meninos bateram palminhas, não tiraram os olhos dos trapezistas ao mesmo tempo que teimavam em pôr-se de biquinhos de pés "pa vê melhor"...mas foi com a chegada dos leões e com a visita dos palhaços que os olhinhos deles começaram a ganhar aquele brilho especial. A atenção deles, os olhos "hipnotizados" pelos movimentos dos leões, explicavam o olhar repleto de magia que demonstravam, assim como mais tarde, as gargalhadas que deram ao ver os palhaços, diziam tudo. Os palhaços foram, sem dúvida, o ponto mais forte de todo o espectáculo, a seguir aos leões. Riram-se tanto das palhaçadas que às vezes até me apetecia dizer-lhes "pronto meninos, o palhaço já se foi embora...". Não fui capaz. É tão bom ouvir uma criança a rir, feliz, e com a pureza da inocência tatuda no sorriso... Todos conseguimos fazer com que a M. se sentisse assim. Ainda bem, era esse o nosso principal objectivo, e o da mãe A. também. Estamos todos de parabéns por termos conseguido proporcionar às crianças, mas em especial à M., uma tarde única e para recordar. E a M., em particular, está ainda mais de parabéns, por ser uma menina linda, doce, verdadeira, espontânea, igual a todas as outras.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Estado Civil:Casada

Esta minha experiência diária como passageira de metro tem certas situações que só visto. Há dias em que acontecem verdadeiras surpresas. Como esta tarde quando regressava do trabalho, e já à saída da estação do metro um rapaz nos seus 22 anos que, por acaso, tinha vindo na mesma carruagem que eu, me abordou da seguinte maneira:
-Olha, desculpa? Posso conhecer-te?
-Sim??? Quer dizer, não!...
O sim era resposta ao "olha desculpa?", que diga-se de passagem, foi tão rápido que mal deu tempo de me virar para ele. O rapaz (que até era engraçado) deve ter pensado que lhe tinha dado esperanças com o meu "sim" out of timming, que voltou a insistir...
-...mas acabaste de dizer que sim e agora já estás a dizer que não...porque mudaste de ideias assim tão de repente?
No meio de toda a situação, extremamente desconfortável para o meu lado, respondi "Desculpa, mas estou com imensa pressa para apanhar o metro"...(ora mais burra era impossível, ainda agora tinha acabado de sair da estação e ainda por cima tinhamos vindo na mesma carruagem...mas dado o constrangimento foi o que me saiu na altura).
O rapaz, que imaginava que podia ter alguma "chance" comigo (devia ter-lhe lembrado que quando ele nasceu estava eu a entrar na primária) deve ter pensado que eu era doida ou que sofria de amnésia... O que acontece, é que já não me deparava com este tipo de situação "inusitada" desde que me casei há 5 anos...e enfim já não tenho propriamente 20 anos... A partir de agora e para evitar qualquer tipo de situação constrangedora, acho que vou passar a usar um autocolante com o titulo do post, na testa.
Quando cheguei a casa contei ao G. e ele fartou-se de rir... ainda se saiu com esta: "Olha, também te posso conhecer?" O que vale é que eu sou uma rapariga fiel e apaixonada, respondi-lhe.
Mas a sério, aqui entre nós, o rapaz até era bem giro:)

Adoro...

...uma boa discussão. Para quem ainda não leu isto, informo que a discussão continua acesa aqui e também por aqui. E já agora também aqui.

terça-feira, dezembro 06, 2005

O primo B.

Não consigo resistir mesmo a contar este episódio caricato que se passou com o meu sobrinho B. O B. e a M. têm, respectivamente, 4 e 2 anos e são filhos da minha irmã Bárbara. Enquanto a minha irmã tem a casa em obras, vou ficar com eles na minha casa até ao final da semana. Ora, eu que sempre estive habituada a lidar com meninas vejo-me, de repente, a braços com um rapaz que, diga-se de passagem, é muito desenrascado e não tem papas nenhumas na língua. Do lado das meninas, a C. e a M. dão-se lindamente e, apesar de só terem um ano de diferença, a C. trata a Maria com um instinto maternal que só visto, como se fosse uma espécie de irmã mais velha. O Bernardo também tem um comportamento muito protector em relação à mana e à prima mas, por outro lado, tem uma atitude menos mimada, é mais rapazola. É um miúdo fantástico, muito esperto e que está sempre bem disposto. Quem anda todo contente por já não ser o único homem da casa é o G. Tio e sobrinho dão-se às mil maravilhas, brincam juntos, falam sobre surf e até têm conversas de "homem para homem" como a que, por simples acaso, ouvi ontem na sala. Perguntava o G:
-Então Bernas ouvi dizer que já tens uma namorada!
Com ar surpreendido: Como é que tu sabes?! Eu não contei a ninguém...
-Conta lá, como é que ela se chama?
-Xiiiiu que a tia pode ouvir(e eu ali mesmo ao lado da porta)...Chama-se Luisinha (num tom muuuito baixinho)
-E gostas dela?
-Ah, gosto mais ou menos.
- Mais ou menos...então como é que é isso?
-Eu gosto dela mas também gosto da R. e da I.
-Aaah...mas tens que escolher só uma porque três é muito complicado...olha, sabes quem era uma boa namorada para ti? A Teresinha (minha sobrinha por parte do G.).
Resposta do puto com ar de reguila: Xiiiii...ó tio...essa não aguenta comigo...
Assim mesmo. Da boca de um pirralho de 4 anos. Agora expliquem-me, se faz favor, o que é que meio metro de gente quis dizer ao certo com esta expressão.
Ps: Ouviste Babrita, o teu filho é muito precoce:)

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Os Ratos

No dia do concerto dos Coldplay, a C. ficou a dormir em casa dos meus sogros. Contou-me depois a minha sogra que ela se portou muito bem, comeu a sopa toda, lavou os dentinhos, deitou-se cedo...até aí tudo bem. Chegada a hora de ir para a cama a avó deitou a neta e quando se preparava para apagar a luz, a neta perguntou pela sua fiel amiga, companheira de todas as noites. Pois é, nunca o registei aqui mas a C.(aos 3 anos e quatro meses) ainda não se conseguiu separar da chucha para dormir. Já tentei de tudo para a fazer esquecer a maldita borrachinha. Pois bem, face à pergunta da neta a avó respondeu-lhe que eu me tinha esquecido de colocar a chucha na malinha dela (o que já foi premeditado, como devem calcular). Ao que a C. argumentou "Ficou em casa?". Antes da avó dizer que sim o avô A., numa tentativa "instantânea" de a fazer largar eficazmente a chucha, respondeu "Não ficou nada em casa Conchinha...a chucha foi embora...os ratos foram a tua casa e levaram-na." Ao que a boboleta responde "Os ratos?...quais ratos??...Ó vô tu não sabx que a minha casa não tem ratos?!?!".
Pois é, pensam que a menina não se apercebe das coisas, que não entende quando a tentam enganar...
Ps: A minha mãe conta que quando eu era mais ou menos da mesma idade da C., um dia fiz uma birra enorme com a minha irmã Bárbara e que num acesso de fúria lhe arranquei a chucha da boca e mandei para dentro da sanita. O que é certo é que, segundo a minha mãe, apartir daí, e mesmo depois de lhe terem comprado uma chucha nova, a B. teimava que não queria aquela chucha porque a chucha "tava poca". Será que vou ter de tomar atitudes tão drásticas? Pois bem, neste momento, aceitam-se todo o tipo de "receitas" sobre tácticas, mézinhas e afins...