O dia a dia de uma mamã e das suas Borboletas...

sábado, setembro 30, 2006

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O melhor presente que me podiam dar hoje era ter a minha filha curada, em casa, ao pé de mim.

quarta-feira, setembro 27, 2006

...

Na sexta à noite a febre disparou, continuava com tosse e entretanto começou a queixar-se com dores fortes no peito. Depois de mais uma noite nas urgências, tive a sorte de ela ter sido vista por outro médico, no caso uma médica, à qual bastou olhar para a minha filha e auscultá-la para fazer o diagnóstico certeiro de pneumonia. Seguiram-se um raio-x ao tórax, Tac aos pulmões, e feliz ou infelizmente, confirmaram-se todas as suspeitas. Por um lado foi feito um diagnóstico certo, por outro, todos os diagnósticos anteriormente falhados permitiram que esta situação se arrastasse no tempo e acabasse por agravar-se. A C. foi internada na madrugada de sábado. Está a soro. A febre está estabilizada. A tosse continua, e custa-lhe tanto tossir... Não come, muito pouco. Só bebe água e leite, obrigada, quase sempre. Tenho dormido ao lado dela, no hospital. Outras vezes dorme o pai. Dia sim, dia não. À noite começa tudo de novo. Às vezes as enfermeiras colocam-lhe um tubo fininho dentro do nariz que ligam a uma pequena máquina para ajudar a respirar. Estou um caco. Eu e o pai. Tenho uma filha de apenas 1 mês em casa dos avós, que precisa igualmente de mim e que só consigo ver à noite. Há momentos em que penso que não vamos conseguir. Que apesar de sermos mais fortes juntos, existem limites em quase todas as forças. Ontem, aprendi que há uma coisa chamada fé. Nunca tinha parado para pensar nisso. Vou agarrar-me a ela com unhas e dentes, todas as manhãs, quando a C acordar. Vou tentar transmiti-la à minha filha, todos os dias. Acho que irá dar resultado. Vamos vencer. Tenho a certeza. Porque somos mais fortes juntos. Muito mais.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Tudo na mesma

A tosse seca persiste, cada vez mais forte. Na terça apareceu a febre. Novamente a falta de ar durante as crises, a dificuldade em respirar. Já fomos duas noites seguidas às urgências só esta semana. Em ambas as vezes foi vista pelo mesmo médico, que lhe auscultou, viu a garganta, receitou um antibiótico para a tosse e nos mandou para casa com a recomendação de muito descanso, visto ser "só" (e apeteceu-me perguntar-lhe "só?!?!?!") uma virose. Só eu sei como a minha filha tem andado, o que tem passado todas as noites, como nos tem custado vê-la assim, murcha, apática, sem estímulos para nada. Continuo a dar-lhe xarope, a fazer-lhe vapores, a colocar-lhe paninhos molhados na testa para aliviar a febre, a esfregar-lhe álcool no peito para ajudar a respirar melhor... Já não sei que mais deva experimentar :S Mais uma noite assim e juro, não me importa o que o médico possa dizer, só saio das urgências quando a minha filha for convenientemente tratada.

Muito obrigada à menina que me aconselhou o Colikind para a Maria. Foi tiro e queda.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Pior é impossível

A mana grande voltou de férias muito fanhosa e murchinha...Depois de um verão, tranquilo, os terríveis ataques de tosse voltaram, e muito pior do que quando surgiram pela 1ª vez -no final do Inverno passado (recordo que as análises ao sangue e o teste das alergias exigidos pelo alergologista acabaram por não acusar nada). Desde que voltámos o cenário é este: noite toda a tossir, falta de ar, tosse forte, ameaça de vómito, Bissolvon e Zyrtec para acalmar, melhoras -nickles :S Para a semana temos consulta no otorrino. Mais: bebé com cólicas a noite inteira -mamar tá quieto, e quando mama bolsa logo tudo em seguida, como complemento chora, chora (e já nem com a chucha!...). Tenho-lhe feito massagens na barriga com o óleo da Klorane e, de facto, ajuda a acalmar um bocadinho e ela lambuza-se toda, mas está longe de fazer desaparecer as malditas cólicas. O Aero-Om com ela também não funciona, não gosta do sabor e farta-se de fazer caretas, comecei a dar-lhe o Colimil há dois dias mas estamos na mesma. :S Mais: mana grande acorda de 5 em 5 minutos, vermelha de tosse e com o choro da mais nova a ajudar. Nisto, mamã e papá multiplicam-se e revezam-se para não faltar a nenhuma, ora tento amamentar a M. no nosso quarto, ora o pai troca comigo para eu poder ficar com a C. na cama dela até adormecer. Tosse, choro, andanças constantes de quarto para quarto, situação que já dura há pelo menos 3 dias. Resultado: hora e meia de sono "dormido" esta noite, se tanto. As férias foram boas, pelo menos isso. Aguardamos ansiosos por dias melhores. :S

sexta-feira, setembro 08, 2006

Elas...

...porque são minhas. Porque as adoro. Porque me fazem mais feliz. No primeiro encontro não se estranharam. Reencontraram-se. Sempre se conheceram, vendo bem... Uns braçinhos abertos, umas mãos nervosas -rechonchudas -um corpo pequenino no meio, um sorriso disfarçado -tímido -e um à vontade, seguro, como se tivesse conhecido aquele colo desde sempre. Como um amor à primeira vista, desde logo. Daqueles para toda a vida, acredito. Um crescendo que há de ligá-las sempre, mesmo quando a vida lhes interpuser distâncias pelo meio. E existirão sempre distâncias, inevitavelmente. São minhas... Estremeço, agora que penso nisso. [Nossas, se faz favor]. Dão-me alento, paz, serenidade, esbanjam-me felicidade a cada olhar. Distríbuem-me sonhos, a cada instante, como botões de rosa acabados de germinar. E eu derreto-me a cada sorriso, comovo-me a cada pequeno gesto que testemunho, atenta. Não gosto de perder pitada. Enchem-me o coração, como um todo. Não podia ter "exigido" mais da vida. Nunca recebi algo melhor até hoje, nada. E até sou bem modesta, modéstias à parte. São a razão pela qual a vida me move e desperta a cada manhã, agora mais. Com mais vontade, fulgor, preserverança. Estou apaixonada, para sempre. Nunca tive dúvidas de que existiria tamanha felicidade.

Vou estar uns dias fora, mais concretamente aqui. Vamos, os 4. Vai ser bom. Há que aproveitar, em plénitude, este clima de enamoramento. Até já.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Unbelievable...

Tive conhecimento disto, há apenas breves minutos. Estou chocada. Nunca visitei o dito blogue, muito menos tinha conhecimento da sua "existência". Porque por mais que tente não consigo compreender, decidi apagar as poucas fotos da C. e da Maria que, entretanto, havia publicado. Percebo que um blogue com fotos seja bem mais atractivo. Sou da mesma opinião. Sempre utilizei o link de protecção nas fotos que publiquei, mas pelos vistos... Nunca nada é demais, para potegermos os nossos de situações como esta. Fotos explícitas, apartir de agora, só para as amiguitas que me acompanham no Flickr.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Experimentem...

Dar banho a uma, que chora fulgorosamente porque não pode ver água à frente, enquanto a outra vos puxa insistentemente por um braço ao som de, qual disco riscado, "Ó main, olha o desenho que eu fiz!", "ó main posso ajudar a dar banho à mana?", "ó main, posso comer bolachinhas?", "ó main, quando é que o pai chega?", "ó main, quando é que vamos à rua?", "main, vou dar-te um beijinho", "mas ó main quando é que vamos passear?", "main, toma mais um beijinho", "ó main, já podemos ir à rua?" (esta táctica comigo não pega). Ó C. não vês que estou a TENTAR dar banho à mana?!?!? "Mas ó maiiiiiiiin...". Sim, depois vamos à rua!!! E agora como é que a seguro em casa? Ultimamente só quer rua, bicicleta, baloiços, jardim, galhofice e brincadeira até às tantas.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Progressos

Esta noite a C. deixou, finalmente, a chucha. Na hora de a deitar, dei-lhe a boneca dos totós, o sapo verde do costume, aconcheguei-lhe o lençol à cintura e ao pescoço da bonecada e quando me preparava para lhe dar o beijinho de boas noites, lembrei-me. Faltava qualquer coisa. A fiel amiga de todas as noites, desde que me lembro. A chucha. Num ímpeto, fui buscá-la. Podia ter deixado passar, afinal era ela que não se esquecia de lembrar-me, todas as noites. Ontem não pediu, e para dizer a verdade, nem dei conta. Mais, não me parece ter-se esquecido, visto que ainda perguntei se não lhe faltava nada (Dahhhh, shame on me!). Foi um acto reflexo, depois de muitas tácticas e "mézinhas" falhadas para que ela deixasse a chucha (e só eu sei o que tentei e o que não tentei nesse sentido), mas já era parte da rotina, o mesmo ritual, todas as noites. Quando lhe dei, disse-me "Não quero mais, mamã. Podes dar à minha mana". Assim, muito segura de si, enquanto se abraçava ao sapo Cocas. Ok. Não lhe disse nada, guardei a chucha e desde então não voltei a tocar no assunto, agora "tabu". Há pouco adormeci a M. na minha cama, e como estava um pouco rabujenta, coloquei-lhe a chucha. No início, quando ainda estava no hospital, cuspia-a sempre que lhe punhamos na boca. Agora, quem lhe tirar a chucha, tira-lhe tudo. Entretanto, a C. deitou-se com ela e nem se lembrou de pedir a sua. Adormeceram as duas, ainda estão a dormir, juntinhas. Uma finalmente livre da chucha, a outra uma recém chucho-dependente. Não se pode ter tudo, eu sei.

[O mais engraçado é que a M. chucha vigorosamente a chupeta durante o sono, faz aquele barulhinho bom com que todas as mamãs se deliciam a ouvir. Por seu turno, a C., mesmo sem chucha, continua a fazer o mesmo barulhinho e a mexer os lábios, de vez em quando, como se ainda estivesse com a chupeta. Ora chucha uma, ora a seguir chucha a outra. Precisavam ver quando resolvem chuchar as duas em simultâneo. Um cenário digno de primeira fila. :) ]

sexta-feira, setembro 01, 2006

Post-it:

Meninas, vamos lá ver se nos entendemos. Quando escrevi o post abaixo não o fiz com a intenção de incitar o choro a alguém...Longe disso. Tentei construir, apenas, um relato o mais fiel possível da experiência única e marcante que foi o nascimento da M., a meus olhos. Portanto, não quero que fiquem choronas por minha causa, boa? ;)
Bom fim-de-semana, e co' licença que a minha filhota mais pequenina já "reclama" pelo jantar.