Esta noite a C. deixou, finalmente, a chucha. Na hora de a deitar, dei-lhe a boneca dos totós, o sapo verde do costume, aconcheguei-lhe o lençol à cintura e ao pescoço da bonecada e quando me preparava para lhe dar o beijinho de boas noites, lembrei-me. Faltava qualquer coisa. A fiel amiga de todas as noites, desde que me lembro. A chucha. Num ímpeto, fui buscá-la. Podia ter deixado passar, afinal era ela que não se esquecia de lembrar-me, todas as noites. Ontem não pediu, e para dizer a verdade, nem dei conta. Mais, não me parece ter-se esquecido, visto que ainda perguntei se não lhe faltava nada (Dahhhh, shame on me!). Foi um acto reflexo, depois de muitas tácticas e "mézinhas" falhadas para que ela deixasse a chucha (e só eu sei o que tentei e o que não tentei nesse sentido), mas já era parte da rotina, o mesmo ritual, todas as noites. Quando lhe dei, disse-me "Não quero mais, mamã. Podes dar à minha mana". Assim, muito segura de si, enquanto se abraçava ao sapo Cocas. Ok. Não lhe disse nada, guardei a chucha e desde então não voltei a tocar no assunto, agora "tabu". Há pouco adormeci a M. na minha cama, e como estava um pouco rabujenta, coloquei-lhe a chucha. No início, quando ainda estava no hospital, cuspia-a sempre que lhe punhamos na boca. Agora, quem lhe tirar a chucha, tira-lhe tudo. Entretanto, a C. deitou-se com ela e nem se lembrou de pedir a sua. Adormeceram as duas, ainda estão a dormir, juntinhas. Uma finalmente livre da chucha, a outra uma recém chucho-dependente. Não se pode ter tudo, eu sei.
[O mais engraçado é que a M. chucha vigorosamente a chupeta durante o sono, faz aquele barulhinho bom com que todas as mamãs se deliciam a ouvir. Por seu turno, a C., mesmo sem chucha, continua a fazer o mesmo barulhinho e a mexer os lábios, de vez em quando, como se ainda estivesse com a chupeta. Ora chucha uma, ora a seguir chucha a outra. Precisavam ver quando resolvem chuchar as duas em simultâneo. Um cenário digno de primeira fila. :) ]