Mais um fim de semana, mais uns diazinhos de molho, mais uma semanita de Maria. A C. está melhor, não vomitou mais e já voltou a comer, embora ainda esteja um bocadito murchinha hoje já foi ao colégio. Eu estou mesmo com uma amigdalite em cima, a garganta inflamada, custa-me engolir, a voz está uma lástima e a febre, por enquanto, está controlada. Hoje acordei com 37.5º, nada mau se comparar com os 39.2º que o termómetro registou sábado à noite. Mas vamos às novidades. Esta manhã tive consulta no obstetra, confesso que depois deste tempo todo em repouso absoluto já sentia falta de saír de casa, respirar outros ares, e nesse sentido, a visita ao consultório fez-me muito bem. Ao aperceber-se da minha ânsia para ver a M., o Dr F. não me quis fazer esperar muito, deitou-me logo na marquesa e besuntou-me a barriga com aquele gel "manhoso" que eu adoro e que me deixa sempre toda a colar. Mas isso pouco importava, queria muito ver a minha filha, estava desejosa. Close-up e lá estava ela, uma mão aberta na cara a outra dentro da boca, só depois do Dr F. ter aumentado o zoom da imagem conseguimos perceber que ela estava a chuchar o polegar da mão esquerda. Foi muito engraçado, era perfeitamente nítido que estava a chuchar no dedo, o que me fez pensar que, talvez, num futuro próximo não tenha de me vir a preocupar mais com a "velha" questão das chuchas, que tanto me tem atormentado com a mana mais velha. Era mesmo muito bom. Só tenho pena de não ter ficado com nenhum registo deste momento delicioso da M., é que o pai ultimamente tem andado tão "desorientado" que ontem se esqueceu de carregar a máquina e hoje quando se preparava para registar o momento a máquina desliga-se automaticamente :S Fiquei triste, gostava muito de ter ficado com um registo deste momento terno da filhota, para a posteridade. Mas adiante, voltei a ouvir o "tum-tum, tum-tum", emocionei-me como sempre, o pai idem idem, anda um "bebé-chorão" o pai :) Medições, batimentos cardíacos, tudo dentro dos parâmetros normais, o peso estimado da piquena ronda os 2,190kg, o que é óptimo tendo em conta que na eco de urgência os médicos tinham garantido que a M. era muito pequenina. Além disso, ao contrário do que pensava, engordei 8,5kg até agora e não apenas 7 como referi num post anterior, o que em nada me surpreende dado que estes dias em casa têm sido "fatais", no sentido de que quando não estou a comer estou quase sempre a petiscar alguma coisa. Segundo o Dr F., se ganhar mais uns quilitos não faz mal nenhum, só iria reforçar ainda mais o peso da filhota, o que seria muito bom. Mas isto, claro, pondo de parte os doces e outras coisas "boas" que tenho comido durante este meu período de ócio total. A tensão continua muito baixa (o calor também não ajuda), voltou a recomendar que bebesse um cafézito sempre depois de almoço (o que já faço desde a última consulta). As dores nas pernas e costas que tenho sentido nos últimos dias, justificou-as pela falta de exercício físico, aconselhou-me a fazer pequenas caminhadas diariamente (não mais de 10 minutos) para ajudar a circulação e prevenir inchaços. De facto, desde que estou de baixa que tenho passado muito tempo em casa, só saio para ir beber café e nada mais. De resto, tirando a amigdalite e o cansaço acumulado, está tudo bem connosco. O problema, que segundo o Dr F. não é um "problema", é que a M. ainda não deu a volta e continua sentada, o que às 33 semanas e quase 2 dias me deixa ligeiramente apreensiva e até um bocadinho "desiludida" dado que me retira um pouco as esperanças de poder vir a ter um parto normal. O Dr F. garantiu-me que não é motivo para preocupações, que não há uma data específica para dar a volta, que difere de bebé para bebé, e que ela irá certamente dar a volta nos próximos dias, (o que é certo é que a C., por altura da última eco, já estava prontinha para o "pontapé de saída"). O Dr F. acha que, no meu caso, o caminho mais fiável a seguir seria a cesariana, contudo, não descarta a possibilidade de poder vir a optar por um parto normal, embora só o possa confirmar numa próxima e última eco (que está marcada para dia 21), e que só depois de a M. dar a volta (se a der) e depois de analisar a minha situação clínica poderá afirmar com toda a certeza se um parto normal será ou não arriscado. Não vou negar que não fiquei triste, a C. nasceu de cesariana, depois de ter estado até ao último minuto para nascer de parto normal, mas após 6 horas de pleno sofrimento em que não fazia a dilatação suficiente, os médicos optaram por fazer cesariana. O parto da C. ainda está muito presente na minha memória, marcou-me muito, não pela negativa pois felizmente correu tudo bem, mas por ter sido tudo aquilo que não tinha imaginado e por, de certa forma, ter "quebrado" todas as expectativas que tinha até então. Desta vez, e apesar de não conseguir esconder que gostava muito de passar pela experiência de um parto normal, prometi que não me vou preocupar demasiado nem criar muitas expectativas em torno do assunto, o que tiver de ser será, e o que o Dr F. decidir será, certamente, o melhor. Até lá vou prosseguindo a contagem decrescente, e já só me resta pedir à filhota que colabore e dê a volta o mais rápido possível, é que a barriga já pesa e a cada dia que passa cresce mais e mais o nosso desejo de a conhecer e de tê-la, finalmente, junto a nós.